domingo, 29 de março de 2009

Introdução.


Antes de falar da engenharia é necessário falar de engenhar. O homem começou a engenhar, ou seja, pensar ainda no Período Paleolítico, construindo objetos simples como armas para a auto defesa e para a caça. Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar as técnicas de produção desses objetos e para isso surgiu o Engenheiro. Mas esse engenheiro atuava observando problemas antigos e sem fundamentação teórico. Só no século XVIII, com o avanço da física e da matemática que surgiu a engenharia moderna. Ela atua de acordo com os fundamentos teóricos, analisando toda a parte física do material. No Brasil a engenharia foi trazida por Dom João VI, em 1810, na área militar.Após a Revolução Industrial as indústrias cresceram muito no âmbito mundial, aumentando a procura por melhores produtos, pela lucratividade e pela administração de empresas.Assim, em 1882 nos Estados Unidos surge o “Industrial Engeneers” difundida por Henry Ford. Ao chegar no Brasil recebeu o nome de Engenharia de Produção e a primeira escola foi a Universidade de São Paulo. Sua função é melhorar produtos, minimizar custos aumentando a lucratividade da empresa.
Fonte:www.engenheirando.com.br

Objetivo.

Indicar a evolução da engenharia de produção no aspecto mundial, apontando datas e locais significativos, seus precursores, assim como as áreas de atuação da profissão e o mercado de trabalho.

Surgimento da Engenharia Moderna.

Com a evolução das técnicas também surgiu a necessidade da solução de problemas e para isso surgiu um especialista que não tinha preocupação com os fundamentos teóricos, e ocupavam-se em construir dispositivos, estruturas, processos e instrumentos com base em experiências passadas.Com a rápida expansão dos conhecimentos científicos e com sua aplicação nos problemas, surge o Engenheiro. Esse termo vem do romano “ingenarius”.Aos poucos a engenharia foi se estruturando, fruto fundamentalmente do desenvolvimento da matemática e das explicações dos fenômenos físicos. A nova engenharia surgiu no século XVIII com o conjunto sistemático e ordenado de doutrinas e estabeleceu um marco divisório entre a engenharia do passado e a engenharia moderna.A primeira foi caracterizado pelos esforços do homem de criar e aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais. Foi nessa engenharia que surgiram os armamentos, fortificações, estradas, pontes, canais etc. A característica básica destes indivíduos foram o empirismo.A engenharia moderna é aquele que se caracteriza pela aplicação generalizada dos conhecimentos científicos à solução de problemas

Engenharia no Brasil.

engenharia brasileira é bastante jovem. Teve origem na área militar, em 1810, quando Dom João VI criou a Academia Militar do Rio de Janeiro.A necessidade de desenvolvimento, principalmente nos setores de saneamento, ferroviário e de portos marítimos, motivou a fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, em 1874, estendendo também aos civis.Com as transformações causadas pela revolução de 1930, a modernização industrial cresceu muito, bem como as instituições dos estados, já as profissões e as próprias relações de trabalho sofreram grandes impactos.Em dezembro de 1933, no governo de Getúlio Vargas, é promulgado o Decreto Federal n.◦ 23.569, regulamentando as profissões liberais de Engenheiros, Arquitetos e Agrimensores e instituindo os Conselhos Federal e Regional de Engenharia e Arquitetura.Em 1966, a Lei 5.194 revoga esse decreto, conferindo maior autonomia e fazendo algumas modificações como:• A expressão Agronomia passa a ser integrada nas denominações dos Conselhos;• A composição do Conselho Federal é ampliada de dez para dezoito membros;• O presidente deixa de ser designado para ser eleito;• São instituídas as Câmeras Especializadas nos CREAs;• As profissões são caracterizadas em função do interesse social;• Os CREAs passam a registrar firmas;• O CONFEA adquire competência para baixar Resoluções;• O salário mínimo é assegurado.

História da Engenharia de Produção.

Durante o século XIX acorreu uma revolução que mudou a forma de trabalhar, pensar, produzir e a relação entre homem e máquina. Essa revolução teve origem na Inglaterra espalhando-se rapidamente para o resto do mundo. Esse fato histórico ficou conhecido como “Revolução Industrial”. Com o crescimento do setor industrial da época, surgiu a necessidade de organizar e administrar complexos sistemas de produção; Com isso surgiu nos Estados Unidos a Engenharia de Produção, no período de 1882 a 1912, que fincou suas bases em todo o mundo. Mas foi no início desse século que sua difusão foi intensificada, fundamentando-se basicamente na indústria metalo-mecânica. Outros fatores como o recente desenvolvimento japonês e a doação da temática da Qualidade e Produtividade como pontos centrais nas empresas e organizações privadas, públicas, industriais, serviços e de governos, consolidaram essa difusão. Iniciou-se com o nome de Engenharia Industrial sendo Preconizada com o surgimento e o desenvolvimento do chamado “Scientific Management”, obra dos engenheiros F.W. Taylor, Frank e Lílian Gilbreth, H.L. Gantt, Walter A. Shewart, Henry Fayol, dentre outros. Segundo Leme, apesar de muito atacado e controvertido, o Scientific Management passou a ser introduzido em diversas empresas por consultores que se intitulavam “Industrial Engineers”. Foi neste momento que surgiu a Industrial Engeneering. Mas a Engenharia Industrial só ganhou grande destaque mundial com o surgimento da produção em massa, difundida por Henrry Ford*.A Engenharia de Produção nasceu dentro da Engenharia Mecânica e por isso se dedicou inicialmente aos sistemas físicos. Na década de setenta, notou-se no Brasil, que os conceitos e métodos da Engenharia de Produção ganharam visíveis desenvolvimentos, tornando-se independente das demais áreas tecnológicas e sendo aplicada em todas áreas clássicas das engenharias. A Engenharia de Produção é uma habilitação específica derivada de qualquer uma das seis áreas da Engenharias, por isso existem cursos de engenharia de produção mecânica, engenharia de produção elétrica etc.A Engenharia de Produção, desde sua origem tem recebido grande influencia norte-americana. Ela definiu-se em diversos países americanos como curso formalmente organizado o que não aconteceu em outras regiões. Na Europa são poucos os programas acadêmicos que reúnem os elementos de conhecimento e os objetivos característicos da Engenharia de Produção, existindo exceções como na França e na Inglaterra onde nos últimos anos a Engenharia de Produção tem tido apreciável desenvolvimento.

História da Engenharia de Produção no Brasil.

No Brasil a Engenharia de Produção foi introduzida em 1957 pela Escola Politécnica da USP, sob a coordenação do Prof. Ruy Aguiar da Silva Leme, tendo como cenário o forte processo de industrialização vivido pelo país na época, mais particularmente com a instalação das indústrias automobilísticas na região do ABC paulista. Conforme explica Leme (1983), estas empresas, especialmente as norte-americanas, possuíam nos seus organogramas posições que nas matrizes eram ocupadas por “Industral Engeneers”, como, por exemplo, os departamentos de tempos e métodos, de planejamento e controle de produção, de controle de qualidade, entre outros. No cenário atual, de acirrada competitividade, integração entre os mercados globais, demanda por produtos de alta qualidade e empresas cada vez mais com mais máquinas e menos pessoas, é visível a necessidade de recursos humanos compatíveis com tais atribuições e desafios de gestão. Assim, a presença de engenheiros de produção nas empresas está se tornando imprescindível, em todos os ramos da indústria, comércio ou serviços. No Brasil não é diferente, as instituições de Ensino, estão cada vez mais oferecendo o curso de Engenharia de Produção.

A Profissão.

A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para características de produtos ( bens e/ou serviços ) e de sistemas produtivos, vincula-se fortemente com as idéias de projetar e viabilizar produtos e sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza.A definição clássica da Engenharia de Produção adotada tanto pelo American Institute of Industrial Engineering (A.I.I.E.) como pela Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABREPO) diz:“Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados, envolvendo homens, materiais e equipamentos, especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas, recorrendo a conhecimentos especializados da matéria, física, ciências sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia”.O curso de Engenharia de Produção tem como objetivo formar profissionais que, além de terem capacitação e habilitação técnica para desenvolver trabalhos tradicionalmente realizado pela área escolhida – Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica ou Engenharia Civil -, também estejam preparados para, adicionalmente, exercer funções gerenciais e de liderança administrativos em todos os níveis da organização. É sem dúvida a menos tecnológica das engenharias, uma vez que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimento e habilidades, é a mais humanista das engenharias, pois estuda novas metodologias de organização do trabalho, a vida financeira empresarial e novos modelos de Gestão, lidando constantemente com os recursos Pessoais.